terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cultura e Tradição nas Comunidades Quilombolas


O CIEE Rio recebeu em suas dependências a presença do professor Paulo Corrêa, Membro da Comissão de Avaliação de Material Didático e Institucional para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para implementação da Lei 10.639/03 (MEC/ Secad), que proferiu a palestra Quilombos, Etnia e Cultura Afro-brasileiro. Esta atividade foi realizada junto aos jovens do Programa Mais – Módulo I e Acompanhamento, atividade que consta como parte de nosso conteúdo programático e, como convidados, tivemos a presença das alunas da professora Lis Ferreira, responsável pela turma de EJA do Instituto Síntese de Alfabetização de Jovens e adultos, que promoveu uma importante interação entre os jovens e os demais presentes.

Iniciando a atividade, o palestrante questionou a história oficial que é contada nos livros didáticos, atribuindo à formação do Brasil a miscigenação entre o negro, branco e índio como sendo um forte fator de democracia racial. Em seus estudos sobre populações Quilombolas, Profº Paulo Corrêa demonstrou que este perfil da sociedade brasileira não condiz com a realidade encontrada no cotidiano. Durante esses questionamentos, o palestrante debateu a postura das mídias de grande circulação que, em sua grande maioria, apresenta em suas divulgações somente pessoas loiras de olhos azuis, ou seja, com o perfil padrão europeu. Com o surgimento da polêmica, foi levantada a necessidade de se questionar esse modelo europeu de beleza que não retrata a diversidade da população brasileira.

Como conteúdo de seu material de registro, os jovens e nossas convidadas foram apresentados a um farto material fotográfico que foi registrado pela equipe de pesquisa do professor Paulo, em cidades do interior de Minas Gerais, e nele foi possível compreender a importância de um olhar diferenciado para a comunidade quilombola. Mediando a atividade, os presentes eram sempre informados sobre a dificuldade de acesso à educação escolar e a localização distante dos grandes centros urbanos. Porém, outros fatores se apresentavam como diferencial para identificar a resistência, luta e ação diária pela manutenção de sua cultura, investindo nos jovens quilombolas para cada vez mais aprofundar suas raízes de identitárias.

Finalizamos o encontro com um delicioso cofee break que promoveu um espaço de confraternização e interação entre os jovens do Programa Mais e nossas convidadas.

CIEE Rio - Coordenação de Programas Especiais - Programa Desenvolvendo Pessoas